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Após 4 dias de negociação, movimento indígena e governo do Equador chegam a 1º acordo

O movimento indígena, representado pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador
(CONAIE), e o governo do Equador chegaram a um primeiro acordo nesta terça-feira (19/07), depois de quatro dias de negociações que começaram na semana anterior, fruto de 18 dias consecutivos de protestos da população.

O consenso foi alcançado na mesa temática da Banca Pública e Privada, que assenta em quatro pontos fundamentais: perdão de dívidas, reestruturação, refinanciamento e requalificação de devedores, bem como novas linhas de crédito produtivo.

O ministro do Governo e chefe da equipe negociadora da administração nacional, Francisco Jiménez, afirmou que “sobretudo será permitida uma maior acessibilidade dos setores rurais e populares a estas facilidades de crédito”.

Com a presença de representantes da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE), o texto foi assinado pelo Conselho de Política e Regulação Financeira, BanEquador e representantes do movimento indígena.

Por sua vez, o presidente do BanEquador, Iván Andrade, especificou que entre os aspectos negociados está o perdão de créditos de até três mil dólares, bem como o refinanciamento de cidadãos com dívidas vencidas até o valor de 10 mil dólares.

Da mesma forma, 540 milhões de dólares serão destinados à base produtiva, dos quais 200 milhões serão repostos em um período de 30 anos com uma taxa de juros de 1%.

No entanto, com relação à mesa temática sobre o direcionamento dos subsídios aos combustíveis, não foi possível chegar a um consenso entre os representantes do governo e o movimento indígena.

Após o acordo na mesa do Banco Público e Privado, a questão do Desenvolvimento Produtivo começaria a ser negociada a partir de amanhã e depois continuaria com o tema petróleo e mineração.

Representantes de outros setores sociais que não estão nos diálogos com o Executivo falam das soluções pendentes que o Governo e suas instituições têm em relação às suas demandas.

“Não renunciamos ao direito de resistência e protesto social”, disse José Villavicencio, vice-presidente da Frente Única dos Trabalhadores (FUT).