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4 características do “profissional do futuro” no mercado e na construção civil, segundo especialistas

Setor enfrenta dificuldade em encontrar mão de obra qualificada

31 de julho de 2024 – A atração de mão de obra é um dos maiores desafios da construção civil e do mercado imobiliário. Para quase 30% dos empresários do setor, a falta de trabalhadores qualificados tem sido a principal dificuldade enfrentada pelo segmento desde dezembro, segundo a Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).  

De acordo com Cristiano Gregorius, Diretor de Operações de Software da Softplan para a Indústria da Construção, entre os motivos que intensificam essa situação estão a atuação descentralizada e a extensa cadeia produtiva do segmento.

“Quando falamos do mercado de obras, por exemplo, grande parte da dificuldade de atrair e reter profissionais está na mudança geracional que vivemos no momento. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) já nota o aumento da idade média dos trabalhadores em obras nos últimos anos – até 2016 era de 38 anos, em 2023 subiu para 41 anos. Isso nos mostra que pessoas mais jovens não vêm buscando o setor para atuar e demanda que as empresas se reinventem. Estar conectados às novas tecnologias e manter uma escuta ativa com as novas gerações é essencial”, acrescenta Gregorius.

O “profissional e o setor da construção do futuro”

Fábio Garces, CEO do CV CRM.

Fabio Garcez, CEO do CV CRM, solução de tecnologia especialista no mercado imobiliário, destaca que “não basta apenas o profissional estar pronto para atuar em um mercado conectado, as empresas precisam entender esse movimento como primordial para continuar crescendo e visualizar que essa é uma tendência que avançou muito nos últimos anos”.  Por muito tempo a indústria da construção foi considerada uma das mais atrasadas em transformação digital, como aponta o relatório da McKinsey Global Institute. Para Garcez, a realidade mudou muito desde a pandemia de 2020, porém ainda há uma grande demanda por uma mão de obra mais especializada e que passe a ocupar os postos abertos.

Pensando em um futuro cada vez mais conectado e pautado pelas inovações tecnológicas, os especialistas destacam características fundamentais para o “profissional do futuro”do mercado imobiliário e da construção civil:

1. Atento às novas tecnologias

De acordo com Garcez, é importante que aqueles que estejam interessados nessa área busquem constante aprimoramento e, sobretudo, fiquem antenados às novidades tecnológicas, como a inteligência artificial. “É importante que eles saibam utilizar a tecnologia tanto nas atividades que envolvem o seu trabalho, quanto para facilitar suas próprias rotinas profissionais”. Ele também lembra que a tecnologia melhora a qualidade de vida de pessoas que atuam no mercado e abre novos espaços para que o profissional atualizado atue.

2. Atua com pensamento pautados em dados

A construção civil e mercado imobiliário geram, diariamente, milhões de dados. “Essas informações sozinhas, isoladas em planilhas, não dizem nada. Agora, um profissional capacitado, adepto a boas ferramentas de gestão, consegue extrair insights, otimizar processos, reduzir custo e prazo e transformar toda a cadeia que envolve o setor”, destaca Gregorius.

3. Tem o cliente no centro de tudo

Como em qualquer outro segmento, entender, estudar e levar o cliente no centro de suas decisões é essencial para uma atuação estratégica e que entregue a melhor experiência para os clientes. Além dos diferentes padrões de imóveis, as preferências de construção variam de acordo com cada região do Brasil. “Entender e respeitar a cultura e particularidades de cada região é a chave para o sucesso do negócio. Quem atua no setor de construção trabalha com os sonhos das outras pessoas, tornar o processo menos burocrático é um grande diferencial”, diz Garcez.

4. Troca de conhecimento constante

Garcez destaca a importância desse profissional estar em constante aperfeiçoamento, ampliando seus estudos para além dos cursos de graduação e pós-graduação. “Seja por meio de podcasts, cursos rápidos ou cursos de especialidades de interesse ou pela capacitação de novas ferramentas, é preciso estar continuamente estudando o que está acontecendo nesses mercados. Hoje, há muito material de qualidade com acesso gratuito e conteúdos especializados no nosso setor”.

Gregorius complementa dizendo que aprender com quem está na ponta, presente no dia a dia da construção desenvolvendo ações, amplia e acelera o conhecimento. “Muitas vezes aprendemos com o erro do outro. Compartilhar as frustrações e acertos também impacta positivamente no bom andamento do trabalho”, conclui.


Sobre o Ecossistema Tecnológico da Indústria da Construção – Softplan

A Unidade da Indústria da Construção da Softplan é líder em tecnologias especialistas e está no mercado há mais de 33 anos. Através do Sienge, principal plataforma de gestão para o setor, oferece a maior cobertura da cadeia construtiva no Brasil. Nos últimos anos, por meio da aquisição de outras empresas especialistas em construção civil, consolidou o Ecossistema Tecnológico da Indústria da Construção: Sienge, Construmarket, CV CRM, Prevision, eCustos, e Gestor Obras. Juntas, as soluções permitem a integração da cadeia de ponta a ponta, desde o orçamento até o pós-venda, atendem mais de 8 mil clientes e conectam mais de 1,2 milhão de profissionais da construção.