Em Bruxelas, líderes europeus fazem balanço sobre Ucrânia, imigração e preparação da cúpula UE-CELAC
Líderes europeus se reúnem pela última vez antes do recesso de verão no continente. Entre os destaques da agenda, a guerra na Ucrânia, imigração e a próxima reunião de cúpula UE-CELAC, a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e caribenhos, do qual o Brasil faz parte.
A crise militar interna observada na Rússia no último final de semana será o “elefante na sala” quando os líderes europeus discutirem a guerra na Ucrânia. A tentativa de golpe na Rússia foi acompanhada com apreensão por Bruxelas. O risco de uma guerra civil na Rússia fez o bloco aumentar seu apoio à Ucrânia em mais € 3,5 bilhões para o mecanismo que financia apoio militar à Kiev. “O monstro que Putin criou, com o grupo mercenário russo Wagner, este monstro está mordendo ele agora, o monstro está agindo contra o seu criador”, afirmou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borell. “O sistema político russo está mostrando fragilidades e o poderio militar está rachando”, analisou. “Não é bom ver que uma potência militar como a Rússia pode entrar em uma fase de instabilidade política”.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a União Europeia já disponibilizou € 72 bilhões para Kiev e adotou 11 pacotes de sanções contra a Rússia. No contexto da Ucrânia, os líderes europeus vão reafirmar o apoio multidimensional ao país, com foco na assistência militar. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deve participar mais uma do Conselho Europeu por meio de videoconferência, permitindo assim que os chefes de Estado e governo do bloco possam trocar informações sobre o plano de paz de dez pontos de Zelensky. O líder ucraniano deve ainda expressar apoio a uma reunião de Cúpula da Paz que a Dinamarca está disposta a sediar no próximo mês.
Fonte: Opera Mundi