Conexão Wi-Fi ruim? 3 dicas para resolver os seus problemas
Imagine a seguinte situação: você está em casa, no seu quarto, querendo ver um vídeo no smartphone. O aparelho está conectado à rede Wi-Fi e você não está tão longe do roteador. Porém o vídeo, que é curto e não deveria demorar tanto para carregar, não reproduz de jeito algum ou ele até começa a rodar, mas com uma qualidade bem baixa e ainda fica travando a todo momento.
Quando esse tipo de situação acontece, o primeiro pensamento é em relação à velocidade da internet contratada. Afinal, a “culpa” é do serviço de dados que não consegue proporcionar uma conexão rápida e estável pela rede Wi-Fi. Como resultado, trocamos de plano ou de operadora para depois descobrir que muitas vezes o problema ainda persiste. O que fazer nesses casos, então?
O primeiro passo é investigar outros fatores que podem estar comprometendo a velocidade da internet. E um dos principais responsáveis pelo baixo desempenho da rede Wi-Fi geralmente não é a banda contratada, mas o roteador que distribui o sinal pela casa. Observe a explicação a seguir.
1. A importância do roteador certo
O problema nem sempre está na velocidade da internet contratada. (Fonte:Shutterstock/Reprodução)
A tecnologia do roteador faz toda a diferença. É verdade que um roteador mais simples poderia dar conta do recado se você se conecta em um ambiente não muito amplo, estando bem próximo ao dispositivo de rede, com poucos aparelhos conectados e usando serviços que não exigem muitos dados (como e-mail ou mensagens). Até mesmo um pacote de banda larga mais modesto pode atender bem.
Mas essa não é a realidade da maioria das pessoas. Geralmente, precisamos do sinal de internet em lugares que não estão próximos do roteador, com suporte a vários aparelhos conectados e dando conta de serviços pesados, como streaming de vídeos e jogos. Nesse cenário, além de um pacote de dados mais robusto, é preciso de um roteador mais potente.
2. Qual roteador escolher?
A Qualcomm recomenda que a rede criada tenha capacidade de pelo menos duas vezes a velocidade da internet contratada. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
No processo de escolha de um roteador, é preciso levar em conta alguns aspectos importantes. A Qualcomm, empresa fabricante de chips que se destacam pela conectividade, recomenda que a capacidade da rede criada pelo roteador seja de pelo menos duas vezes a velocidade da banda larga contratada.
Em se tratando dos equipamentos, isso significa usar roteadores e smartphones que contem, pelo menos, com tecnologias como o Wi-Fi 5 com Multiple-Input, Multiple-Output (MIMO) 2×2 para velocidades de banda larga de até 300 Mbps. Para quem não conhece, MIMO significa múltiplas entradas e saídas em tradução literal.
Na prática, essa tecnologia oferece duas antenas para o recebimento de dados e duas para o envio de sinal – o que representa um diferencial na conectividade. Trata-se basicamente de dobrar a capacidade de comunicação entre os dispositivos da rede.
Para redes mais velozes, é recomendado um roteador Wi-Fi 6 ou 6E com suporte às tecnologias MIMO 4×4 ou 8×8. Roteadores com essas especificações, além de serem mais potentes, também são capazes de fazer os aparelhos economizarem energia ao disponibilizarem uma rede de conexão mais estável.
3. Veja onde o roteador está instalado
A posição e o local de instalação do roteador podem fazer toda a diferença. (Fonte:Shutterstock/Reprodução)
Mas será que um roteador potente é o suficiente para resolver todos os problemas de conexão com a internet? Infelizmente, não. Por isso, também é preciso se atentar ao local onde o dispositivo está instalado, o que pode fazer toda a diferença no desempenho da rede Wi-Fi.
A parte óbvia desse detalhe é entender que, quanto mais distante do roteador, pior tende a ficar o sinal. Portanto, a dica é instalar o dispositivo em uma área central da casa ou do escritório, permitindo que as frequências cheguem com a mesma intensidade a todos os ambientes.
Além disso, alguns obstáculos e objetos podem representar uma piora significativa no sinal da rede Wi-Fi. Espelhos, janelas, vidros e até mesmo a água de aquários podem estar prejudicando a transmissão dos dados. O material de paredes também precisa ser avaliado: tijolos causam uma obstrução mediana, enquanto concreto e laje são barreiras mais difíceis de atravessar. Já os metais bloqueiam completamente o sinal.
Também é importante observar que existem opções no mercado de redes Wi-Fi Mesh. Essas conexões entre mais de um aparelho são capazes de ampliar a cobertura do sinal alcançando lugares mais amplos e distantes. Além disso, a tecnologia também proporciona maior estabilidade já que cria uma rede única por todo o ambiente e evita aquele entrave de se conectar e desconectar várias vezes.
O seu dispositivo está preparado?
É sempre bom verificar se os seus aparelhos são compatíveis com as tecnologias de rede mais recentes. (Fonte:Shutterstock/Reprodução)
Para mitigar de uma vez por todas as dificuldades com a conexão Wi-Fi, resta apenas entender se o aparelho utilizado para se conectar não é o “problema”. No caso de smartphones, é bom verificar se há compatibilidade com as tecnologias de rede mais recentes para conseguir aproveitar tudo o que o roteador tem para oferecer.
A Qualcomm recomenda que, na hora de comprar um smartphone, você observe qual rede Wi-Fi ele suporta. A melhor opção é a tecnologia Wi-Fi 6 e 6E, o que seria correspondente ao padrão 802.11ax.
Como é importante considerar o aparelho que está na faixa de preço que você está disposto a pagar, a Qualcomm reforça que o mínimo a ser aceito pelo smartphone é a rede Wi-Fi 5. A geração anterior, o Wi-Fi 4, não atende mais às necessidades atuais de conexão e vai estar muito abaixo do recomendado para usufruir dos dados transmitidos pelos roteadores. Se você optar por um celular mais barato, com Wi-Fi 4, não vai demorar para precisar trocar de aparelho.
Em se tratando de outros dispositivos, como notebooks e smart TVs, a mesma pesquisa também se faz necessária, então é bom ficar de olho e aproveitar o melhor da conexão disponível para você.